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Baixinho da Kaiser Agora Vai de Tequila

O consumo de destilados no Brasil vem aumentando bastante nos últimos anos. E nosso público está mais exigente e cada vez mais sabendo apreciar boas bebidas.

Até o baixinho da Kaiser se rendeu a onda dos destilados e passou a beber a tequila El Jimador.

O ator espanhol José Valien Royo, que ficou conhecido como o baixinho da Kaiser, aparece agora no comercial da tequila El Jimador dando vida ao personagem “El Bigodon”.

A El Jimador é a tequila mais vendida no México e destilada 100% de agave.

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Ultimate Spirits Challenge 2013: Resultados

Saíram os resultados do Ultimate Spirits Challenge 2013, realizado entre 11 e 15 de março na cidade de Nova Iorque.

Os jurados da competição dão notas às cegas aos destilados de acordo com o seguinte critério:
95-100 Extraordinário
90-94 Excelente
85-89 Muito bom
80-84 Bom

Seguem os vencedores nas principais categorias:
Vodka: Tahoe Blue, Estados Unidos, 40% ABV; Nota: 94
Gin: Fords, Reino Unido, 45% ABV; Nota: 96
Rum: Brugal Papa Andres, República Dominicana, 40% ABV; Nota: 98
Tequila Añejo, 100% Agave: IZCALI, México, 40% ABV; Nota: 96
Tequila Extra Añejo, 100% Agave: Casa Sauza XA Edición Limitada, México, 40% ABV; Nota: 95
American Whiskey: Balcones 1 Texas Single Malt, Estados Unidos, 53% ABV; Nota: 96
Bourbon: Blanton’s Single Barrel Straight Bourbon, Estados Unidos, 46.5% ABV; Nota: 97
Blended Irish Whiskey: Jameson 18 Years, Irlanda, 40% ABV; Nota: 97
Blended Scotch Whisky: Royal Salute 21 Years, Escócia, 40% ABV; Nota: 95
Single Malt Scotch Whisky: Highland Park 25 Years Old, Escócia, 45.7% ABV; Nota: 100
Cognac: Hardy XO, França, 40% ABV; Nota: 98
Licor: La Muse Verte, França, 68% ABV; Nota: 97

A lista completa com os resultados pode ser acessada no link: www.ultimate-beverage.com/the-results/2013-spirits-results/

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Campari do Brasil Lança Bourbon Wild Turkey e Tequila Espolòn

Em maio, a Campari do Brasil anunciará dois novos produtos que farão parte do seu portfólio premium no país: o Bourbon Whiskey americano Wild Turkey e a Tequila mexicana Espolòn.

A destilaria que produz o Bourbon foi fundada em 1869, mas a marca Wild Turkey só foi propriamente concebida em 1940, quando Thomas McCarthy, presidente do grupo Austin Nichols, sediado em New York e na época dono da destilaria, separou uma quantidade de whiskey, a pedido de seus amigos do clube de bridge, para acompanhar uma caça ao peru (turkey). Ele escolheu algumas garrafas e decorou-as com rótulos mostrando perus selvagens.

O Wild Turkey é feito à base de milho (como mando a regra para whiskies Bourbon), não contém corante e é envelhecido em barris de carvalho virgem, o que proporciona um sabor mais marcante e encorpado. Jim Murray, especialista em whiskey e autor do “Whisky Bible”, considera a versão Wild Turkey Rare Breed um dos melhores Bourbons já produzidos.

A Tequila Espolòn é sucesso há 20 anos no mercado internacional e chega ao Brasil nas versões Blanco e Reposado, esta última, envelhecida em barris de carvalho. A bebida é fabricada em uma das mais renomadas destilarias do México, a San Nicolas.

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Drinking and Playing For Change

Um ano novo sempre renova nossas esperanças passando um clima de que dias melhores virão. E eles virão!

Não queremos fazer apologia ao uso do álcool de uma forma exagerada. Do contrário, acreditamos que as bebidas alcoólicas devam ser consumidas com responsabilidade e de uma maneira moderada. E além disso, álcool e direção é algo que, definitivamente, não combina.

É fato, porém, que as bebidas têm impacto benéfico à saúde quando apreciadas moderadamente, além de tornarem as pessoas mais sociáveis, e até mesmo mais sinceras, afinal, como diziam os romanos: “in vino veritas”. E são nessas características e nesse consumo responsável que nos focamos.

Mas se as bebidas aproximam as pessoas, a música as une, como podemos ver pelo projeto “Playing for Change” do engenheiro de som americano Mark Johnson. A ideia da iniciativa é conectar as pessoas através da música. São vários músicos de rua ao redor do mundo unindo e integrando pessoas de diferentes raças, crenças, culturas e opiniões. “No matter who you are, no matter where you go in your life, at some point, you go need somebody to stand by you”.

Nossas fronteiras e nossos muros estão cada vez menores — um dia falaremos a mesma língua. E apreciaremos os melhores destilados do mundo. Seja cachaça, whisky, cognac, rum ou tequila, o mais importantes é estarmos abertos a novas experiências etílicas e ao que o mundo tem a nos oferecer de melhor.

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Saiba apreciar uma cachaça do jeito que só ela merece

Segue a íntegra do artigo escrito pelo nosso consultor, Alexandre Campos, publicado na revista Exame.

http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/comida-bebida/noticias/saiba-apreciar-uma-cachaca-do-jeito-que-so-ela-mecere

O artigo também já havia sido publicado na revista Alfa.

Cachaça de alambique se beneficia de nossa rica biodiversidade, sendo envelhecida com bons resultados em diversas madeiras além do carvalho

 

Não é difícil depararmos com textos dizendo que a cachaça é uma bebida que não deve nada a nenhuma outra. Há quem clame por menos preconceito e revele um sentimento ufanista da década de 60, afirmando que a cachaça é a única bebida genuinamente brasileira; por isso, temos de apreciá-la em detrimento dos destilados e fermentados “gringos”, e ponto final.

A discussão, via de regra, se perde em adjetivações nacionalistas e sentimentais, em que os participantes se esquecem de responder a perguntas básicas, como: Por que a cachaça não fica a dever a nenhuma outra bebida? Por que ela é especial? Enfim, por que a cachaça é uma bebida complexa?

Em primeiro lugar, entende-se por destilados complexos os que combinam dois métodos especiais de produção:

1. Destilação em alambiques de cobre (pot stills)
2. Maturação em barris de madeira

Diferentemente dos destiladores industriais — chamados também destiladores de coluna —, os alambiques de cobre conferem maior corpo, densidade, sabores e aromas aos destilados. E a maturação em barris confere uma gama ainda maior dessas desejáveis características ao produto final.

Dos inúmeros tipos de destilados existentes no mundo, apenas sete são produzidos pela combinação dos dois processos acima: armagnac, cachaça, calvado, cognac, rum, tequila e whisky. Sendo que o cognac é destilado apenas em alambiques de cobre, e a maioria dos armagnacs e calvados também.

Tudo bem que grande parte das cachaças, dos runs, das tequilas e dos whiskies são produzidos em larga escala em destiladores industriais. Mas quando esses destilados provêm de alambiques de cobre, com posterior maturação em barris, passamos a falar de bebidas especiais que merecem atenção e respeito.

A vodka, por exemplo, apesar de ser um destilado apreciado pela coquetelaria por sua versatilidade e neutralidade, não apresenta complexidade. Produzi-la é, de fato, muito simples. Basicamente, destila-se um mosto fermentado de batata, centeio, trigo ou uva em destiladores industriais, e a bebida já está pronta para consumo.

Alguns afirmam, equivocadamente, que a complexidade da vodka está em suas múltiplas destilações. Ora, se destilarmos uma bebida inúmeras vezes terminamos, no limite, com álcool puro, não é mesmo?

A complexidade em produzir um destilado não está, portanto, no número de destilações, mas sim em combinar a destilação em alambiques de cobre com o posterior envelhecimento em barris, ambos os processos requerendo técnicas e habilidades especiais de produção.

É certo que dois destilados se diferenciam dos demais, quanto à complexidade: o whisky single malt escocês e a cachaça de alambique (também conhecida como artesanal). Os dois são produzidos em alambiques de cobre. O primeiro se destaca, ainda, pela enorme variedade de barris de carvalho que se usam em sua maturação. Encontramos, por exemplo, single malts escoceses envelhecidos em barris de carvalho que maturaram previamente vinho jerez, vinho sauternes, vinho do porto, vinho tokaji, whiskey bourbon e por aí vai.

Já a cachaça de alambique se beneficia de nossa rica biodiversidade, sendo envelhecida com bons resultados em diversas madeiras além do carvalho, como amburana, bálsamo, cerejeira e ipê, entre outras. Até pau-brasil é usado para envelhecer cachaça!

A combinação alambique de cobre mais envelhecimento em barris é, portanto, crucial na produção de uma bebida complexa como a cachaça de alambique. E podemos citar excelentes exemplares produzidos em nossa terrinha como as cachaças Anísio Santiago, Salinas, Sapucaia, Vale Verde e Weber Haus.

Esquecemos os destilados de alambique de armagnac, calvado, cognac, rum e tequila? Não: trata-se, sem dúvida, de destilados complexos, mas com pouca variedade em termos de métodos de envelhecimento. O armagnac, calvado, e cognac são envelhecidos basicamente em barris de carvalho limousin e tronçais, e o rum e a tequila em barris de carvalho que maturaram previamente whiskey americano.

Ainda que reste muito por fazer em prol do desenvolvimento de cachaças premium, endossamos aqui a admiração e o valor que merecem as nossas cachaças de alambique. Podemos até dizer que a palavra “cachaceiro” deixou de ser ofensa, sendo aprimorada para “cachacier”, a que têm direito os poucos que, realmente, conhecem e sabem degustar a bebida que é a cara do Brasil.

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