Arquivo da tag: Johnnie Walker

Estratégia de destilarias traz uísque mais nobre e caro ao mercado brasileiro

Ajudamos um pouco na matéria abaixo publicada pelo repórter Albert Steinberger da BBC-Brasil

Somente 2% do uísque consumido no Brasil é do tipo single malt (Foto: BBC)

Estimuladas pelo significativo crescimento do consumo de uísque no Brasil, grandes empresas do setor traçam estratégias para fazer com que o brasileiro passe a beber também produtos de melhor qualidade, e de preço mais elevado.

O mercado no Brasil é dominado pelas marcas do chamado blended whisky, produzido a partir da mescla de várias destilações. Dos 38,7 milhões de litros de uísque consumidos no país, quase 27 milhões são deste tipo de bebida, diz um relatório da consultoria Euromonitor.

Agora, as destilarias pretendem “apresentar” ao consumidor brasileiro o seu produto premium, o uísque chamado single malt, feito com um único tipo de cevada que gera uma bebida considerada de qualidade superior (assista ao video abaixo para saber mais). O consumo deste tipo ainda é restrito a 2% do uísque bebido no Brasil, mas tem crescido nos últimos anos.

“Empresas que importavam apenas blended whisky há três anos passaram a importar também o single malt“, conta o especialista em uísque Alexandre Campos.

Para a Euromonitor, a sofisticação gradual do consumo que tem acontecido no Brasil é consequência direta do aumento do poder de compra do brasileiro. “É esperado que consumidores de baixa renda e emergentes que passam a ter mais dinheiro no bolso migrem de destilados populares, como cachaça e aguardente, para bebidas premium”, diz a consultoria.

No Brasil, como em outros países, o hábito de beber uísque é fortemente associado ao status social. A bebida é um dos símbolos de sucesso e de prosperidade econômica.

E exatamente por conta do aumento da renda média da população o Brasil tem observado um dos maiores crescimentos de consumo de uísque do mundo, com uma expansão de mercado de 34% ao ano, superando, em percentual, grandes centros tradicionais de consumo como EUA, França e Espanha.

Segundo a Scotch Whisky Association (SWA), a associação de produtores de uísque escocês, o Brasil foi em 2011 o 8º mercado mundial em volume de vendas e 9º em valor das importações de uísque.

Pelos números da SWA, o Brasil importou mais de 13 milhões de litros de uísque escocês, por cerca de R$ 330 milhões. E a associação espera que esses números continuem subindo.

Outra forma de beber

Para Rosemary Gallagher, gerente de comunicação da SWA, o “amadurecimento” do consumidor brasileiro se dará naturalmente, como aconteceu em outros países. “Conforme os mercados se tornam mais estabelecidos, há um aumento gradual no consumo de single malt“, afirma ela.

Mas, apesar da avaliação da associação escocesa, o que se vê é que no Brasil o hábito de beber uísque segue um rumo bem peculiar.

Aos poucos, o consumo no Brasil foi sendo adaptado aos hábitos locais e, hoje, o destilado é tomado de modo bem diferente da tradição escocesa.

Na Escócia, país de clima instável e com frio intenso no inverno, o uísque é normalmente consumido puro, sem gelo, muitas vezes misturado apenas a um pouco de água fresca para diluir a concentração de álcool e liberar mais aromas da destilação.

Nos encontros de uísque na Grã-Bretanha, Brasil está em alta (Foto: BBC)

No Brasil, país de clima quente, a bebida é misturada a muito gelo, a bebidas refrescantes, que podem variar desde água de coco, guaraná e bebidas energéticas.

Ian Logan, representante da Pernod Ricard, responsável pela marca Chivas Regal, diz que o mais importante é buscar uma bebida que “agrade ao seu paladar”.

Ele avalia que o consumidor que quer gastar um pouco mais vai gostar das novidades. “O single malt é a escolha mais óbvia, com uma história forte e uma vasta gama de aromas, que tem todo um conhecimento por trás”, disse ele.

Para entrar neste mercado peculiar, além do lançamento de novas marcas no Brasil, as grandes empresas como Diageo, Campari e Pernod Ricard têm investido fortemente em anúncios de publicidade. De acordo com a Euromonitor, a tendência dos próximos anos é “a atração de mais consumidores entre 25 e 30 anos para a categoria de destilados”.

“Consumidores buscam marcas que reflitam o seu status social e as suas aspirações”, afirma Kabir Suharan, representante da marca Johnnie Walker, que pertence à empresa Diageo.

Publicado em Na Imprensa | Com a tag , , , | 1 comentário



Johnnie Walker Blue Label — Porsche Design Studio Edition

A Johnnie Walker acabou de lançar um novo documentário, que vai até os bastidores, para mostrar como foi feita a edição limitada do Johnnie Walker Blue Label pela Porsche Design Studio. Com o título de “Engineering a bold, new, whisky experience” — Como criar uma experiência de whisky nova e ousada — o filme explora como essa parceria inovadora entre dois dos maiores ícones dos dias atuais foi concebida para apresentar uma coleção refinada de experiências únicas de whiskies raros.

Johnnie Walker Blue Label — Porsche Design Studio Edition

 O grande destaque da coleção, apresentado no filme, é uma edição limitada de Private Bar, de £150.000 (R$ 495.000 ao câmbio de hoje), elaborada com perfeição para fornecer uma nova e ousada experiência de whisky à disposição de apenas 50 estabelecimentos VIPs em todo o mundo, sendo que uma delas ocupa um lugar especial na exclusiva Casa da Johnnie Walker em Xangai. Opções de personalização e uma prova pessoal com Jonathan Driver, embaixador de marca do Johnnie Walker Blue Label são exclusivas a cada comprador. O filme mostra outros itens desejáveis na coleção, como Carton, Chiller, Mini Cube e Cask Edition; no centro está a Garrafa da Edição Limitada do Johnnie Walker Blue Label, uma interpretação singular da garrafa icônica com design do Porsche Design Studio.

 

Rudy Paoli, diretor geral mundial da linha de destilados especiais da Diageo, disse que o filme mostra a tecnologia inovadora e o design moderno que são a marca da coleção exclusiva: “O filme Engineering a bold, new, whisky experience” abrirá os olhos dos consumidores para a profundidade do design raro, sofisticação de fabricação e possibilidades de personalização exclusivas que definem as experiências dessa nova coleção de whiskies super premium.

“Quando concluímos a coleção, ficou claro que havia várias histórias que nunca haviam sido contadas sobre os detalhes da fabricação e o contato entre essas duas marcas icônicas de luxo. Mostrando os designers, artesãos e especialistas responsáveis pela coleção, o filme documenta uma jornada de habilidades de fabricação, revolucionando os próprios princípios de design”.

Fonte: Diageo

Publicado em Notas de Degustação / Vídeos, Whiskies Raros & Caros | Com a tag , , , , | Deixar um comentário



Johnnie Walker Odyssey

Os novos lançamentos de whiskies não param de chegar. A Diageo anunciou recentemente os novos single malts da sua série Diageo Special Releases 20102 e o seu mais novo blended ultra-premium, Johnnie Walker Odyssey.

O novo membro da família Johnnie Walker foi criado por Jim Beveridge, master blender da marca. E o lançamento, agendado para 1º de setembro, marcará os 80 anos de invenção de uma garrafa de whisky por Alexander Walker idealizada para girar e rolar, ao invés de virar, quando transportada em navios ou veleiros.

Os três single malts que compõem o Odyssey foram cuidadosamente selecionados por Jim Beveridge. O master blender percorreu várias destilarias na Escócia até encontrar os aromas e sabores perfeitos e a altura de sua mais nova criação.

O Odyssey será comercializado inicialmente na Ásia, mercado teste para a maioria dos novos whiskies, com indicação de preço de USD 950. Nós estamos, aqui do outro lado do mundo, aguardando ansiosamente pela chegada desse nobre membro da estimada família Johnnie Walker ao Brasil.

Publicado em Notícias | Com a tag | Deixar um comentário



Platinum Label 18 e Gold Label Reserve — Os Novos Membros da Família Johnnie Walker

A filial da Diageo (dona da marca Johnnie Walker) no Brasil anunciou esta semana a introdução de dois novos whiskies em seu portfólio: Platinum Label 18 anos e o Gold Label Reserve.

A notícia correu rapidamente a internet causando reboliço e despertando curiosidades entre os consumidores. Ainda mais se considerarmos que o último lançamento da Johnnie Walker havia sido em 1997 com o Green Label. Tamanho alvoroço, portanto, não é para menos quando se trata da marca de whisky mais conhecida e vendida no mundo.

Platinum Label 18 anos e Gold Label Reserve - Novos Membros da Família Johnnie Walker

 

Os novos lançamentos, entretanto, não foram novidade para nós. No dia 22 de abril deste ano havíamos veiculado neste Blog notícia similar baseada nas informações que circulavam pelos meios de comunicação no exterior (http://www.singlemaltbrasil.com.br/whisky/2012/04/green-e-gold-dias-contados/).

E saem o Green e o Gold Label

Ironicamente a contrapartida é a retirada do mercado do Green Label 15 anos exatamente após seus 15 anos de aniversário. A Johnnie Walker está dando parabéns e adeus, ao mesmo tempo, a um dos seus melhores whiskies. Não temos todos os detalhes acerca da mudança no portfólio da empresa, mas pelo que foi veiculado até o momento, o Green Label 15 anos será mantido apenas em Taiwan e retirado de circulação em todos os outros mercados no prazo de um ano.

Outro whisky que está dando adeus é o Gold Label 18 anos, que também será retirado do mercado no prazo de um ano.

O Platinum Label 18 anos e o Gold Label Reserve estão, dessa forma, substituindo o Green Label 15 anos e o Gold Label 18 anos e chegando oficialmente aos distribuidores, bares e lojistas em meados de Agosto deste ano. Seguimos aguardando ansiosamente.

Com a saída do Green Label 15 anos a Johnnie Walker perde seu único Blended Malt e reduz o seu portfólio para apenas dois whiskies com idades mínimas de envelhecimento definidas: o Black Label 12 anos e o Platinum Label 18 anos.

De fato, está difícil para a Johnnie Walker, e outros produtores escoceses, manterem whiskies com idades mínimas de envelhecimento em seus portfólios de produtos. Os estoques de whiskies mais envelhecidos dessas empresas vêm se reduzindo drasticamente devido a crescente demanda global por whisky, principalmente em mercados emergentes como Brasil, China e Índia.

Se as coisas continuarem a caminhar nessa direção, será cada vez mais raro encontrarmos whiskies mais envelhecidos no mercado. E não adianta deixar seu whisky envelhecendo na estante. Lembre-se que ao contrário do vinho, whisky não envelhece uma vez engarrafado.

Publicado em Notícias | Com a tag , , , , , | 19 comentários



Johnnie Walker e Ypióca, lado a lado!

Da Reuters

Britânica Diageo compra cachaça Ypióca por US$470 milhões

Por David Jones

LONDRES (Reuters) – O grupo britânico de bebidas Diageo anunciou nesta segunda-feira acordo para comprar a fabricante brasileira de aguardente Ypióca por cerca de 300 milhões de libras (469 milhões de dólares), aumentando presença em mercados emergentes enquanto briga por um maior espaço em tequila.

A produtora do uísque Johnnie Walker e da vodca Smirnoff, que tem planos de ter metade das suas vendas em mercados emergentes até 2015, anunciou nesta segunda-feira acordo para comprar a marca Ypióca de sua família controladora, além de parte dos ativos de produção e distribuição da bebida.

A Ypióca é a terceira maior marca do mercado de cachaça e líder de um segmento de rápido crescimento dessa bebida, o premium. A companhia, fundada em 1846 e com sede em Fortaleza, emprega cerca de 3,2 mil funcionários e tem cinco fábricas no país. A cachaça responde por cerca de 80 por cento da indústria brasileira de bebidas destiladas.

“O Brasil é atrativo, um mercado de rápido crescimento para a Diageo com demografia favorável e crescente renda disponível. A aquisição da Ypióca nos dá a marca premium líder na maior categoria local de bebidas destiladas”, disse o presidente-executivo da Diageo, Paul Walsh.

A Diageo, assim como outros grupos internacionais de bebida, tenta se fazer presente em países emergentes para compensar a demanda instável na Europa.

O grupo há muito tempo negocia com a dona da Jose Cuervo para ter uma parte da marca líder de tequila, avaliada em mais de 3 bilhões de dólares. Algumas fontes dizem que as negociações esfriaram por causa de problemas relacionados ao controle da marca.

A companhia londrina recentemente investiu em negócios como a Mey Icki (Turquia) e ShuiJingfang (China) para aumentar as vendas nos países emergentes, que atualmente respondem por quase 40 por cento do total da Diageo.

A Diageo disse que a aquisição da Ypióca deve ser neutra para o lucro no primeiro ano de controle e cobrir o custo de capital até o quinto ano após o negócio, o que analistas dizem estar em linha com os negócios recentes. O grupo britânico não deu números exatos de lucro para a companhia brasileira.

“Nós consideramos positivo esse tipo de negócio em países emergentes, dando a liderança em marca premium local e sinergia em distribuição a médio prazo para as bebidas destiladas internacionais da Diageo”, disse a analista do UBS, Melissa Earlam.

Ela estima que a Diageo tenha pago 19 vezes o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) pelo negócio e estima uma margem Ebitda de 25 por cento nas vendas anuais de 60 milhões de libras.

Publicado em Cachaças de Alambique, Notícias | Com a tag , , | Deixar um comentário



Green e Gold Label, seus dias estão contados!

Rest in Peace Amigos!

Se você gosta do Green e do Gold Label é melhor aproveitar o que talvez sejam os seus últimos momentos na companhia desses dois belíssimos whiskies da Johnnie Walker.

A empresa britânica Diageo (dona da marca) anunciou no início deste mês a substituição do Blended Malt Green Label 15 anos e do Blended Gold Label 18 anos por dois novos Blendeds, o Platinum Label 18 anos e o Gold Label Reserve — este último tendo o Single Malt Clynelish como seu principal malte.

Não se sabe ao certo a que passo a mudança no portfólio da Johnnie Walker ocorrerá. De acordo com as informações divulgadas até o momento, o Green Label 15 anos será mantido apenas em Taiwan e retirado de circulação em outros mercados em um prazo de um ano. Já o Gold Label 18 anos também deverá ser retirado de circulação dentro do prazo de um ano.

Com a saída do Green Label 15 anos a Johnnie Walker dá adeus ao seu único Blended Malt e reduz o seu portfólio para apenas dois whiskies com idades mínimas de envelhecimento definidas: o Black Label 12 anos e o Platinum Label 18 anos.

Os Novos Membros da Família Johnnie Walker

 

Está difícil para a Diageo manter Blendeds com idades mínimas de envelhecimento.  Seus estoques de whiskies mais velhos vem diminuindo consideravelmente devido ao crescente aumento da demanda em mercados emergentes como Brasil, China e Índia. A empresa já tinha lançado no ano passado o Double Black, outro whisky sem idade definida. Resta saber agora se o Black Label 12 anos também está com os seus dias contados.

Publicado em Notícias | Com a tag , , , , , , , | Deixar um comentário



Alguns Mitos Sobre Whisky

Tão vasta quanto a diversidade dos aromas e sabores do whisky é a desinformação a respeito da bebida. Isso torna o assunto campo fértil para o surgimento de mitos e das famosas lendas urbanas em relação ao whisky.

Muitos parecem estar interessados apenas com o lado glamouroso da bebida, escrevendo sobre os astronômicos preços de algumas garrafas ou que tal whisky foi criado em homengam a tal Rei ou Celebridade. Nada de errado, gostamos desse lado da indústria também. Mas nos preocupamos, entretanto, com as características dos líquidos dentro das caras garrafas e com seus aspectos técnicos.

Talvez o primeiro mito a ser derrubado é de que o Single Malt é superior ao Blended. Existem no mercado Single Malts ruins e Blendeds maravilhosos, e vice-versa. O Blended whisky teve o seu valor histórico no desenvolvimento da indústria e continua agradando uma legião de apreciadores no mundo inteiro.

O detalhe é que os Blendeds, com suas especificidades, são feitos para agradar uma gama maior de consumidores. Apresentando, portanto, sabores e aromas mais suaves e menos encorpados do que o de um Single Malt. Se você não é chegado a sabores enfumaçados gostará mais do Blended Chivas do que de Single Malts como Laphroaig ou Talisker.

O segundo mito é o do whisky escocês de 8 anos no mercado brasileiro. A idade de um Scotch só está definida se estiver explícita no rótulo da garrafa. Assim é a regra determinada pela Scoth Whisky Association. Essa atribuição arbitrária de idades de Scotch Whisky no Brasil deve existir por uma questão aduaneira que classifica os whiskies em até 8 anos, até 12 anos e mais que 12 anos para efeitos de aplicação de impostos de importação. Mas é uma aberração que já tinha de ter sido consertada há muito tempo a bem do consumidor. Logo, não saia por aí dizendo que tomou um Red Label 8 anos, ou um Blue Label 21 anos. Esses whiskies são excepcionais, mas não têm idades definidas.

Dos whiskies da família Johnnie Walker, apenas Black, Green e Gold Label possuem idades definidas

 

Quem nunca escutou que whisky escocês é melhor que outros whiskies? Muitos whiskies japoneses vêm recebendo diversos prêmios em competições internacionais ajudando a derrubar um pouco esse terceiro mito. Sem dúvida a Escócia é o país com mais tradição na produção da bebida e com o maior número de destilarias em atividade. E é notória a grande reputação e qualidade do whisky escocês. Mas existem whiskies americanos e japoneses, por exemplo, de qualidades superiores aos escoceses. E como diz o ditado popular: “gosto não se discute”. Se você acha o whiskey irlandês o melhor do mundo, quem somos nós para afirmarmos o contrário?

Publicado em Curiosidades & Educação | Com a tag , , , , , , , , | Deixar um comentário