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O que comprar? Whiskies mais jovens vs mais maturados

Na hora de escolher o próximo whisky para consumo surge sempre a dúvida: comprar um whisky jovem e mais econômico ou arriscar e comprar um mais envelhecido e caro?

O marketing e a publicidade se encarregaram de, durante décadas, incutir na mente dos apreciadores de whisky a ideia de que quanto mais velho, melhor. Hoje, paradoxalmente, o que vemos é uma inversão desta tendência.

Com a invasão no mercado do whisky NAS, sigla para “No Age Statement” ou, em português, sem declaração de idade, o caminho percorrido pelas destilarias nos dias de hoje é, utilizando o mesmo marketing de outrora, não medir esforços na tentativa de explicar que a idade, agora, não é realmente importante e que, fazendo um excelente whisky é apenas o sabor que importa.

E agora? Aumenta a dúvida. Para nós, meros consumidores e degustadores amadores, há uma maneira segura de ver como a qualidade de um whisky está correlacionada com a sua idade? E com o seu preço? A tarefa não parece tão simples.

Longe de obter uma resposta definitiva e segura, podemos nos debruçar sobre alguns resultados recentes de competições internacionais e também de degustações promovidas pela Single Malt Brasil.

Esta análise interessará, em grande parte, aos ingressantes no mundo do whisky e que, invariavelmente, devido à crescente oferta de marcas e idades, e da extensa faixa de preços, fica na dúvida sobre qual whisky adquirir e se realmente irá obter uma boa relação de custo x benefício.

Pesquisando os resultados de algumas competições, alguns dados puderam ser obtidos, baseando-se na pontuação conseguida pelos whiskies avaliados:

Whiskies entre 5-9 anos: 86 pontos; entre 10-14: 83 pontos; entre 15-19: 83,5 pontos; entre 20-24: 84 pontos; entre 25-29: 84,5 pontos; entre 30-35: 85 pontos.

Em uma passada rápida de olhos pelos resultados, verifica-se que algumas expressões jovens se sairam muito bem, tanto quanto as expressões mais velhas, provando que um whisky jovem realmente pode ser excelente. Há de se notar também que, como a grande maioria dos whiskies escoceses são de dez anos ou mais, há uma tendência de crescimento da pontuação de acordo com a idade.

Da mesma forma, pode-se concluir também que os whiskies mais velhos não são necessariamente melhores que os mais jovens. Não é seguro supor que um whisky de 30 ou mais anos, por si só, deve ser magnífico em detrimento de um mais jovem.

Com relação ao preço, este tem aumentado enormemente nos últimos anos. Então, para os consumidores mais modestos, é importante certificar-se de que o dinheiro que irão desembolsar por uma garrafa de whisky irá valer a pena. Agrupados por faixas de preço (em Euros), os dados ficaram assim:

Whiskies entre 20-39 Euros: 81 pontos; entre 40-59: 82 pontos; entre 60-79: 83 pontos; entre 80-99: 83,5 pontos; entre 100-119: 84 pontos; entre 120-139: 84 pontos; entre 140-159: 86 pontos; entre 160-179: 85 pontos; entre 180-199: 85 pontos; entre 200-219: 86 pontos; entre 220-239: 85 pontos; entre 240-259: 87 pontos; entre 260-279: 86 pontos.

Nota-se uma tendência de alta da pontuação no início da escala de preços, mas, em seguida, estabiliza-se. O que dá para perceber destes dados é que mesmo preços muito elevados não garantem uma qualidade muito superior, podendo até ser decepcionantes em relação ao preço pago por eles (custo x benefício).

Saindo da parte teórica e entrando na parte prática. Participei, até agora, de dois eventos promovidos pela Single Malt Brasil. O primeiro deles, no final do ano passado, uma degustação dos whiskies da destilaria Glenlivet e o segundo, realizado em abril deste ano, uma degustação dos whiskies da destilaria Glenfarclas, ambos realizados em São Paulo.

No evento Glenlivet, foram degustados whiskies de 12, 15, 18 e 25 anos com preços aproximados de R$ 149, R$ 245, R$ 440 e R$ 1,000, respectivamente. No evento Glenfarclas, foram degustados whiskies NAS, 10, 12, 15, 21 e 30 anos, com preços aproximados de R$ 179, R$ 209, R$ 229, R$ 300, R$ 450 e R$ 900, respectivamente.

Em pesquisas realizadas durante as degustações, verificou-se o seguinte:

No evento Glenlivet, houve uma preferência da maioria pelo Glenlivet 15 anos, embora também tenha ficado em evidência o Glenlivet 18 anos. Melhor custo x benefício, sem dúvidas, Glenlivet 12 anos.

No evento Glenfarclas, a preferência ficou com o 15 anos, embora também tenha ficado em evidência o Glenfarclas 30 anos. O melhor custo x benefício, porém, ficou com o Glenfarclas Heritage, NAS.

O que pode-se depreender destas observações é que um whisky velho e caro pode até ser muito bom mas, vale o que se paga? Quando vamos comprar um whisky, tentamos colocá-lo num patamar razoável do que queremos em termos de sabor e qualidade e que ao mesmo tempo caiba em nosso orçamento. Há um grande risco de se pagar mais caro por um whisky mais velho e este não agradar completamente.

Não há sombra de dúvidas de que a experiência de degustar uma bebida que levou décadas para ficar pronta é algo muito prazeroso. Mas, estou falando aqui de consumo, de escolhas para o dia a dia e não de um item a ser adquirido para coleção. Por estas demonstrações, fica evidente que a segurança desta escolha estará em algum lugar no meio termo, como pudemos confirmar nas duas degustações, onde os whiskies com idades intermediárias foram os preferidos, seguidos de suas versões mais jovens como melhor custo x benefício.

Na hora da compra, tenha em mente que poderá comprar whiskies melhores por muito menos. Mas é claro que, isto serve apenas como informação e dica porque, ao final de contas, neste momento, o que vale mesmo é a satisfação do seu desejo.

Slàinte.

Michel Hansen
Atuando na área de tecnologia, seu interesse em se aprofundar no encantador mundo do whisky começa em 2011. Desde então, Michel Hansen vem procurando estudar e conhecer todos os detalhes sobre essa grande bebida. Assina o Blog “Desvendando Whisky” (www.desvendandowhisky.blogspot.com.br).

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Semana da Glenlivet — French Oak Reserve

Antecipando um pouco o que apresentaremos em nossa degustação de Glenlivet no próximo sábado em São Paulo, aproveitamos para falar um pouco  do Glenlivet 15 French Oak Reserve.

Os maltes que compõem esta versão de 15 anos são envelhecidos individualmente em barris de carvalho americano ex-bourbon e barris virgens de carvalho limousin, que são normalmente usados para maturar Cognacs e vinhos franceses especiais. O French Oak Reserve 15 anos é um dos maltes mais premiados da Glenlivet.

Notas de degustação:
Aparência: Âmbar.
Olfato: Especiarias, pimenta-do-reino, cedro, baunilha, pêssego e damasco.
Paladar: Frutado, cremoso e com notas amanteigadas. Pêssego, canela, nozes, noz-moscada, manga, abacaxi e amêndoas.
Fim de boca: Médio para longo, predominando sabores de frutas tropicais e especiarias.
Conclusão: Frutado e complexo. Os maltes envelhecidos em barris de carvalho limousin fornecem uma dimensão bastante frutada a este single malt.

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Degustação Dirigida de Glenlivet em São Paulo

Venha aprender um pouco mais sobre a Glenlivet, uma das principais destilarias de Speyside.

Whiskies a ser degustados: Glenlivet 12, Glenlivet 15, Glenlivet 18, Glenlivet 12 (versão década de 80) e Glenlivet XXV.

Distribuição de brindes e sorteio de uma garrafa de Glenlivet 12.

Com Alexandre Campos, colecionador de whisky com cursos em diversas destilarias e formação avançada em destilados pela Wine and Spirits Education Trust (WSET).

Data: 1 de novembro (sábado)
Local: Enoteca Saint VinSaint, Rua Prof. Atílio Innocenti, 811, Vila Nova Conceição, SP
Horário: 16h30 às 19h
Informações: loja@singlemalt.com.br
Valor: R$ 220

Inscrições pelo site da Single Malt Brasil: http://www.lojadewhisky.com.br/ListaProdutos.asp?IDLoja=24143&IDProduto=4647350

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Salvi & Squassoni em: “Duelo de Titãs”

Mais um vídeo descontraído e bastante informativo. E Maurício Salvi não está sozinho desta vez. Acompanhado de Christian Squassoni, a dupla de “roqueiros” disseca um pouco das diferenças entres os whiskies de Speyside e Islay, tendo por base o Glenlivet 15 e o Lagavulin Distiller’s Edition PX. Vale conferir!

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