-
Arquivo
- janeiro 2016
- dezembro 2015
- novembro 2015
- outubro 2015
- setembro 2015
- agosto 2015
- julho 2015
- junho 2015
- maio 2015
- abril 2015
- março 2015
- fevereiro 2015
- janeiro 2015
- dezembro 2014
- novembro 2014
- outubro 2014
- setembro 2014
- agosto 2014
- julho 2014
- junho 2014
- maio 2014
- abril 2014
- março 2014
- fevereiro 2014
- janeiro 2014
- dezembro 2013
- novembro 2013
- outubro 2013
- setembro 2013
- agosto 2013
- julho 2013
- junho 2013
- maio 2013
- abril 2013
- março 2013
- fevereiro 2013
- janeiro 2013
- dezembro 2012
- novembro 2012
- outubro 2012
- setembro 2012
- agosto 2012
- julho 2012
- junho 2012
- maio 2012
- abril 2012
- março 2012
- fevereiro 2012
-
Meta
Arquivo da tag: Ardbeg
Por Michel Hansen
Continuando a série “Fatores que influenciam o sabor do whisky”.
De todos os fatores que influenciam o aroma e o sabor do whisky, a turfa certamente é o mais característico e evidente.
Antigamente, boa parte dos whiskies escoceses eram “turfados”, em consequência do uso da turfa na secagem da cevada maltada. Com o tempo, fontes alternativas para realizar esta secagem foram surgindo e a turfa, pouco a pouco, deixada de lado. Como resultado, os whiskies também foram se tornando cada vez menos “enfumaçados”.
Os whiskies de sabor fortemente defumado ficaram um tanto fora de moda já que a preferência dos apreciadores caminhou na direção de destilados mais suaves e frutados. O que vemos hoje, entretanto, é o ressurgimento de um forte interesse nos whiskies enfumaçados.
A turfa nada mais é do que o acúmulo de matéria vegetal parcialmente carbonizada, normalmente encontrada em áreas alagadas e húmidas. Estes “pântanos” começaram a se formar há cerca de 10.000 anos e podem chegar a 10 metros de profundidade.
Na Escócia, as turfeiras abrangem mais de 12% do total do território. Depois de ser retirada, cortada e seca é usada como combustível em algumas atividades. Na indústria do whisky a aplicação está em seu uso para gerar os vapores quentes que secarão a cevada, interrompendo assim o seu processo de germinação artificial.
Com baixo poder calorífico, a turfa possui alto teor de umidade e quando queimada gera uma fumaça que seca parcialmente o malte e o impregna com um aroma defumado característico, também chamado de aroma turfoso. A duração do processo de secagem da cevada maltada, a partir de fornos com turfa, é que ditará a intensidade dos sabores e aromas “enfumaçados” encontrados em um whisky.
As substâncias que dão sabores e aromas defumados ao malte são chamadas fenóis e medidas em partes por milhão (ppm). Whiskies com forte sabor defumado, como Lagavulin e Laphroaig, têm cerca de 35 ppm de fenóis. Já o Ardbeg, ainda mais “turfado”, tem aproximadamente 50 ppm. O malte mais enfumaçado já produzido é o Octomore, da destilaria Bruichladdich, com uma concentração de 167 ppm de fenóis.
Recentemente, a procura pelos whiskies defumados tem aumentado. Como reflexo do interesse dos aficionados em obter um sabor marcante para o seu whisky, algumas destilarias retomaram a tradição de usar a turfa na secagem da cevada. Estão produzindo, dessa forma, uma bebida que remete às origens da produção de whisky, com aromas e sabores terrosos, fuliginosos, defumados e de alcatrão.
Os whiskies enfumaçados e turfados têm uma legião de fãs no mundo inteiro, mas seus sabores e aromas podem ser um desafio aos apreciadores menos experientes e iniciantes.
Michel Hansen
Atuando na área de tecnologia, seu interesse em se aprofundar no encantador mundo do whisky começa em 2011. Desde então, Michel Hansen vem procurando estudar e conhecer todos os detalhes sobre essa grande bebida. Assina o Blog “Desvendando Whisky” (www.desvendandowhisky.blogspot.com.br).
Publicado em Curiosidades & Educação
Com a tag Ardbeg, Bruichladdich, Lagavulin, Laphroaig, Octomore
2 comentários
Ardbeg, quatro vezes ganhadora do prêmio “Melhor Scoth Whisky”, está lançando uma edição especial em comemoração ao “Ardbeg Day” celebrado todo o ano em 31 de maio.
“Auriverde” é a junção de auri (dourado) com verde, que simboliza não só a cor da icônica garrafa da Ardbeg, como também a combinação de cores presentes na bandeira brasileira. Portanto, a edição especial homenageia também a Copa do Mundo de 2014 e a Seleção Brasileira de Futebol.
Ardbeg Auriverdes é maturado em barris de carvalho americano ex-bourbon e engarrafado a 49.9% ABV. Tem aromas e sabores marcantes de café, baunilha, bacon, cereais, pimenta e vegetais defumados.
A edição histórica estará a venda a partir de amanhã para os membros do “Ardbeg Committee”, inscrição aberta a qualquer amante da Ardbeg, pelo site da Ardbeg (www.ardbeg.com/shop/), ou nas lojas especializadas em destilados embaixadoras da Ardbeg.
Publicado em Curiosidades & Educação, Notícias
Com a tag Ardbeg, Ardbeg Auriverdes
Deixar um comentário
Glenmorangie Ealanta acaba de ser escolhido como o melhor whisky do ano por Jim Murray, autor do célebre Whisky Bible, guia anual sobre a bebida, que já chega à décima edição.
Na edição de 2014, o Ealanta recebeu nota 97,5 (a máxima é 100) e foi descrito pelo especialista como “um dos whiskies com retrogosto mais longo que já experimentei…beirando a perfeição”.
“Não apenas surpreende com sua beleza e elegância, mas com um sabor completamente novo para mim que já degusto whiskies há mais de 30 anos”, disse Murray ao site The Huffington Post. No Whisky Bible, ele avalia mais de 4.500 diferentes tipos de whiskies por ano.
O Ealanta (“brilhante” e “talentoso” em gaélico) é maturado por 19 anos em barris virgens de carvalho americano. “Não é segredo na indústria que um bom whisky vem de barris de carvalho de boa qualidade. Há anos minha equipe vem conduzindo extensas pesquisas nessa área”, disse Dr. Bill Lumsden, Whisky Maker da Glenmorangie e Ardbeg.
Infelizmente o Ealanta não está disponível no Brasil, mas pode ser encontrado em lojas especializadas em destilados da Europa e EUA por cerca de USD 120.
O 5 de julho de 2013 foi mais um dia histórico para a Single Malt Brasil. Era uma bonita noite de sexta-feira na cidade maravilhosa, palco perfeito para mais um dos nossos cursos de Scotch Whisky.
O Espaço Carioca de Gastronomia, aconchegante e bem localizado, não podia ser melhor para abrigar nosso evento. E fomos felizes em contar com a presença de vários cariocas amantes de whisky, incluindo membros da Sociedade Brasileira do Whisky, com sede na cidade.
Provamos ao todo 6 whiskies: Ballantine’s 17, Ardbeg 10, Famous Grouse Blended Malt 12 anos, Whisky Surpresa, Glenfiddich 15 e Dalmore 15.
Foi uma noite animada, com alto astral e cheia de surpresas agradáveis. Agora, é esperar pelo próximo evento na cidade, que será em breve, quem sabe só com whiskies americanos?
Publicado em Curiosidades & Educação
Com a tag Ardbeg, Ballantine's, Curso e Degustação de Scotch Whisky, Dalmore, Famous Grouse, Glenfiddich
Deixar um comentário
Pela primeira vez na história um single malt recebeu nota 100 em uma competição internacional de destilados. E o feito ficou com o Highland Park 25 anos na Ultimate Spirits Challenge 2013, realizado entre 11 e 15 de março na cidade de Nova Iorque.
Será que poderíamos chamar o HP 25 anos de um whisky perfeito? Bom, essas conclusões cabem a todos os apreciadores de whisky ao redor do mundo.
Vários outros single malts foram avaliados às cegas durante a competição de acordo com o seguinte critério:
95-100 Extraordinário
90-94 Excelente
85-89 Muito bom
80-84 Bom
Segue o ranking com os top-10 single malts escoceses da competição:
Highland Park 25 Years, 45.7% ABV; Nota: 100
Glenfarclas 17 Years, 43% ABV; Nota: 97
Highland Park 30 Years, 48.1% ABV; Nota: 97
BenRiach 12 Years, 46% ABV; Nota: 96
Glenfarclas 25 Years, 43% ABV; Nota: 96
Glenfiddich 18 Years, 40% ABV; Nota: 96
Highland Park 12 Years, 43% ABV; Nota: 96
Aberlour 18 Years, 43% ABV; Nota: 95
Ardbeg 10 Years, 46% ABV; Nota: 95
Benromach 10 Years, 43% ABV; Nota: 95
A lista completa com os resultados pode ser acessada no link: www.ultimate-beverage.com/the-results/2013-spirits-results/
Publicado em Eventos & Premiações
Com a tag Aberlour, Ardbeg, BenRiach, Benromach, Glenfarclas, Glenfiddich, Highland Park
Deixar um comentário
A Famous Grouse fez história no último domingo ao lançar a maior garrafa de whisky do mundo e entrar no livro Guiness dos recordes. O evento de apresentação do Famous Grouse de 228 litros fez parte das celebrações de 107 anos da marca.
A enorme garrafa é suficiente para um total de 9,120 doses de whisky de 25ml. Nada mal para reunir uma grande roda de amigos para saborear o Blended whisky mais vendido na Escócia (sonhar não custa nada!). A garrafa ficará em exposição permanente na destilaria Glenturret, que é a casa do Famous Grouse.
O recorde anterior pertencia ao whiskey Jack Daniel’s que havia lançado ano passado uma garrafa de 184 litros. Mas também já pertenceu ao Single Malt Tomintoul que criou em 2009 uma garrafa que comportava 105 litros de whisky. Como podemos ver, a briga tem sido acirrada nos últimos anos para ver quem permanece com o título.
As destilarias e marcas de whisky têm se desdobrado recentemente para atrair a atenção do público consumidor. Ano passado, uma nave espacial não tripulada partiu da terra para o espaço, carregando consigo amostras do Single Malt Ardbeg com pedaços de carvalho. O experimento visa a identificar como whisky matura em gravidade zero.
Algumas pessoas dizem que já viram de tudo nessa vida. Mas cuidado quando o assunto se referir ao mundo do whisky, porque o que não falta é novidade.
Publicado em Curiosidades & Educação, Notícias
Com a tag Ardbeg, Famous Grouse, Jack Daniel's, Tomintoul
Deixar um comentário
Não sabemos a autoria do diagrama de sabores e aromas de Single Malts que segue abaixo. Recebemos a imagem por e-mail e infelizmente não é possível dar os devidos créditos, como normalmente fazemos. Apenas ressaltamos que o diagrama se inspira no mapa de sabores e aromas desenvolvido para a série dos Maltes Clássicos da Diageo, que se encontra na seção “Curso Básico de Degustação” de nosso site.
O diagrama é simples, mas algumas pessoas se confundem. Dessa forma, cabe uma pequena descrição de nossa parte.
São quatro os sabores e aromas descritos no diagrama: delicados, suaves, complexos e enfumaçados. Portanto teremos:
Quanto mais à direita > Mais complexo é o Single Malt
Quanto mais à esquerda > Mais suave é o Single Malt
Quanto mais acima > Mais enfumaçado é o Single Malt
Quanto mais abaixo > Mais delicado é o Single Malt
Toda a análise de um whisky é subjetiva e pessoal. Porém, de acordo com nossa experiência, o diagrama abaixo apresenta muito bem em linhas gerais alguns dos mais importantes Single Malts encontrados no mercado.
O Lagavulin, por exemplo, é um Single Malt bastante complexo e enfumaçado. E, portanto, teria que estar no canto superior direito do diagrama, como é o caso. Já o Ardbeg 10 é suave e enfumaçado, se encaixando bem no canto superior esquerdo.
São várias as combinações existente a partir do diagrama em questão e deixamos para vocês, nossos leitores, descubrirem por conta própria se as descrições acima fazem sentido. E por que não criarem suas próprias descrições?
Por Alexandre Campos
Islay (pronúncia “ai-lá”) é uma pitoresca e convidativa ilha situada na costa oeste da Escócia, na altura de Glasgow. Dona de uma paisagem única, a ilha apresenta uma atmosfera bucólica aos seus 3.500 habitantes, e tem os campos de golfe entre seus principais atrativos. Mas para aqueles que não apreciam o nobre esporte, Islay oferece algo ainda mais especial. A ilha abriga sete das principais destilarias de whisky da Escócia.
Os maltes de Islay, com seu peculiar sabor de turfa queimada, ganharam prestígio e um status “cult” por admiradores do mundo inteiro. Todo apreciador sério de Single Malt whisky tem ao menos um de Islay entre seus preferidos — o meu é o Lagavulin. E não é por menos. Frequentemente os Single Malts de Islay atingem notas altíssimas em degustações conduzidas por whisky connoaisseurs de todo o mundo.
Como seguidor do culto ao bom malte, minha peregrinação por Islay começou em uma manhã de sábado, dia 28 de agosto de 2010. No aeroporto me esperava o taxista Mr. Lamont Campbell, que ao ver minha câmera fotográfica logo perguntou se aquela era uma visita jornalística. Respondi que meu negócio não eram as letras, e que as únicas que me levaram até ali eram as dos rótulos das garrafas de whisky… Para minha surpresa, Lamont revelou: “gosto mais de vinhos, mas de vez em quando aprecio uns whiskies Blended, que são mais suaves que os Single Malts”. Segui conversando com meu novo amigo sobre o Brasil e a Escócia, enquanto apreciava a paisagem pela janela até chegarmos à Ardbeg.
A destilaria, fundada em 1815, passou por várias crises e chegou a fechar em algumas ocasiões. Minha guia por lá foi Bryony MacIntyre, uma jovem estudante de Engenharia Química de Glasgow que, apesar da pouca idade, sabe tudo sobre as técnicas de destilação e fermentação, fazendo jus a sua faculdade. A jovem disse que reserva os verões para o trabalho na destilaria, da qual o pai, Ruaraidh MacIntyre, é “stillman”. Ou seja, é Ruaraudh quem opera os destiladores da Ardbeg, uma das principais funções dentro de uma destilaria de whisky. Nesse clima familiar, Bryony revela: “boa parte da minha família trabalha ou trabalhou na Ardberg ou em alguma das destilarias de Islay”. A jovem é atualmente embaixadora da destilaria na Escandinávia.
Bryony me explicou que a Ardbeg esteve fechada de 1981 a 1989 (duros tempos os de “80″, e década perdida na América Latina). Em 1997, foi comprada pela Glenmorangie Plc, a famosa destilaria nas Highlands que pertence atualmente ao grupo francês Louis Vuitton Moet Hennessey (LVMH). Mesmo passando por tantas provas, a Ardbeg segue em funcionamento, produzindo um dos maltes mais saborosos e enfumaçados de toda a Escócia. O malte da Ardbeg contém 55ppm de fenóis, medida acima da média de 35ppm de fenóis das outras destilarias de Islay. Ao final de minha visita tive o enorme prazer de saborear com Bryony várias edições dos Single Malts da Ardbeg. A menina não só entende de whisky, como também aprecia a bebida.
Meu passeio pela Ardbeg havia chegado ao fim. Diante da possibiliadade de chuva, a funcionária do centro de visitação, Emma McGeachy, gentilmente me ofereceu um carro da própria destilaria para que me levasse à próxima parada: Laphroaig. Durante minha estada em Islay, pude comprovar que a boa vontade dos seus habitantes é tão comum como as mudanças de clima naquela região. Sentia-me em casa com tamanha hospitalidade…