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Arquivo do mês: junho 2015
A Single Malt Brasil está presenteando os clientes com uma taça ISO italiana na aquisição de qualquer Glenmorangie em nosso e-commerce (www.lojadewhisky.com.br): Lasanta 12, Original 10, Original 10 com mini Nectar D’Or, Quinta Ruban 12 e Nectar D’Or 12. O único item de fora da promoção é o Glenmorangie Original com 2 copos.
Mas o que é e para o que serve essa taça ISO?
Existem vários copos ou taças a disposição dos amantes de destilados. Os copos Glencairn para whisky, por exemplo, possibilitam os apreciadores conversarem e dialogarem em sua plenitude com a bebida. O desenho da Glencairn foi concebido especialmente para permitir a maior capacidade olfativa dos amantes de whisky.
Entre tantas opções, entretanto, destaca-se a taça ISO. Perfeita para apreciar os sabores e aromas de whiskies, rums e cachaças, para citar alguns destilados. É a taça preferida dos profissionais de vinhos e destilados quando estão avaliando as bebidas de forma mais técnica. É ela que permitirá a dosagem ideal do destilado e a concentração dos aromas entre a bebida e a borda da taça.
Para um apreciador de whisky que busca entender melhor a bebida a taça ISO faz toda a diferença por: i) ter uma haste, para evitar que se passe calor da palma da mão para a bebida, ii) ter a boca fechada, para concentrar os aromas, e iii) ser transparente e incolor permitindo uma melhor inspeção visual do destilado.
Apreciar e degustar whiskies é uma jornada pessoal, rica em novas descobertas e prazeres. Não há certo ou errado nessa viagem individual, mas uma taça ISO ajuda bastante o amante desse nobre destilado a desvendar suas características e personalidades.
Maltes raros envelhecidos em barris de xerez compõem o novo label do scotch de luxo, o próximo passo ao já reconhecido Chivas Regal 12 anos
Chivas Regal, o primeiro whisky de luxo a ser lançado no mundo, apresenta Chivas Regal Extra, seu novo rótulo desenvolvido desde 2007, quando foi criada a edição exclusiva do Chivas 25 anos. Completando a sua coleção de super premium blended whiskies, o Chivas Regal Extra é uma seleção especial de whiskies maturados em barris de jerez Oloroso, os mais caros da indústria, e usados para envelhecer vinhos fortificados na região sul da Espanha, juntamente com os mais raros maltes de Strathisla. O resultado é um blended complexo para os apreciadores que procuram algo mais em um whisky.
Chivas Regal Extra estará disponível nas principais lojas a partir deste mês e traz em sua composição maltes selecionados pessoalmente por Colin Scott, Master Blender da marca, que conta com o single malt Strathisla, o DNA em termos de sabor do portfólio de Chivas, associado a uma seleção de alguns maltes raros de destilarias que estão temporariamente fora de operação na Escócia. Strathisla é a destilaria mais antiga da Escócia e onde são produzidos todos os produtos da família Chivas.
“O nome Extra da nova edição do Chivas vem da combinação criada por Colin Scott, proporcionando uma experiência única aos apreciadores de whisky. O resultado é um scotch de sabor mais complexo e características marcantes, como fragrância de nozes, destilado encorpado e aromático”, explica Rafael Souza, Gerente de Grupo das marcas Brown Spirits da Pernod Ricard Brasil.
Os barris de jerez do tipo Oloroso vêm de adegas provenientes do triângulo dourado, da Andaluzia, na Espanha. Esse tipo de barril é raro e existem poucas quantidades disponíveis no mercado. O Jerez Oloroso é o mais saboroso e premium do mercado.
“Chivas Extra é extremamente saboroso e delicado ao mesmo tempo e por isso pode ser apreciado por quem busca mais sabor e novas experiências através de um legitimo whisky escocês. O novo blend também é ideal para o público feminino por apresentar aroma frutado, notas de chocolate ao leite, canela e toque de gengibre em seu paladar caramelizado”, completa Rafael.
Chivas Regal
É o resultado de mais de dois séculos de história, da combinação de um lugar único com a obsessão de seus inventores em descobrir a fórmula ideal para o legítimo scotch. Seu primeiro capítulo, escrito e protagonizado pelo pioneirismo dos irmãos James e John Chivas, determinou o sucesso da marca, com a instituição de um whisky escocês produzido única e exclusivamente a partir de três ingredientes naturais — cevada maltada e grãos, água de fonte natural e levedura. Uma linhagem orgulhosa de produtores de whisky deu continuidade a essa história e consolidou o mito de Chivas Regal — um blended whisky excepcional que contém uma mescla de whiskies escoceses de malte e grãos selecionados artesanalmente até os dias de hoje. A família Chivas Regal, famosa por sua suavidade e seu sabor rico e aveludado, inclui Chivas Regal 12, 18 e 25 anos.
Publicado em Notas de Degustação / Vídeos, Notícias
Com a tag Chivas 12, Chivas 18, Chivas 25, Chivas Extra, Strathisla
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Por “O Cão Engarrafado”
Vou contar algo para vocês. Adoro Velozes e Furiosos. E não estou falando só do último filme, Furious Seven, que presta homenagem a Paul Walker. Gosto de todos. E ainda que eu utilize como pretexto minha paixão por automóveis, a verdade é outra. Acho os filmes divertidíssimos.
Gosto, inclusive, daquele que se passa no Brasil. Quer dizer, que em tese se passa no Brasil. Adoro aquela cena de perseguição entre Crown-Victorias da Polícia Civil (!), dois Dodge Charger e um cofre enorme, que se passa em uma ponte. Aliás, essa ponte parece ser qualquer coisa, menos a ponte Rio-Niterói. Realmente, é impressionante o trabalho de pesquisa que a galera de Velozes e Furiosos fez antes de produzir o filme.
É preciso coragem para assumir esse mau gosto. Porque, na verdade, a maioria dos filmes da franquia é péssima. Eles são mal dirigidos, mal produzidos e bem bregas. E ainda que alguns atores sejam ótimos, no geral, a atuação é horrível. Exceto pela Gal Gadot. A Gal Gadot não precisa atuar.
Mas mais coragem ainda é necessária para assumir meu gosto — ou melhor, respeito — discutível pelo whisky Dewar’s. E não estou falando do Dewar’s Signature, ou do 18 anos. Aliás, não estou falando nem da versão de 12 anos, que é um whisky bem razoável. Não. Refiro-me ao Dewar’s White Label. Mas não me julgue ainda. Continue lendo.
O Dewar’s White Label é a prova que marketing funciona. Na verdade, não. O contrário disso. Ele é a prova de que a ausência de marketing não funciona. É que ele é o blended whisky mais consumido nos Estados Unidos. Lá não há nenhuma fama ruim ligada ao Dewar’s — ainda que ele custe quase o equivalente a um almoço para dois no McDonald’s. Por lá, a Bacardi investiu pesado em propaganda, inclusive veiculando anúncios durante o Superbowl, espaço publicitário mais caro do mundo. Além disso, produziu peças publicitárias ótimas, com excelentes atores, como Claire Forlani (a mocinha de “Encontro Marcado” e “Reflexos da Inocência”) e com Sean Connery, que, com uma cara ambígua, diz uma frase ótima: “algumas coisas envelhecem. Outras, amadurecem”.
Mas por aqui, por conta da completa ausência de propaganda, aliada à contestável aparência da garrafa e ao preço baixo, o whisky ficou, diremos, famigerado.
É até irônico, isso. Porque como ele é barato e relativamente desconhecido por aqui, ninguém fala dele. Por conta disso, ninguém o experimenta também. Afinal, pouca gente ficaria intrigada por algo barato e desconhecido. E isso é ainda mais irônico porque o perfil de sabores do Dewar’s casa perfeitamente com o da maioria dos brasileiros. Um whisky leve, com toque cítrico e bem fácil de ser bebido. Além disso, ele é um dos poucos whiskies que melhora significativamente quando tomado com pedras de gelo, a forma mais comum do brasileiro beber whisky.
O Dewar’s White Label é um blended whisky sem idade definida, composto por mais de quarenta whiskies, entre single grains e single malts. Seu principal malte é o Aberfeldy, produzido pela destilaria homônima das highlands. Além dele, o Dewar’s White Label leva os single malts Aultmore, Craigellachie e Royal Brackla, todos pertencentes ao grupo Bacardi.
Uma característica curiosa e incomum do processo de produção do Dewar’s é conhecida como Double Ageing. Neste processo, o blend, depois de composto, é devolvido a barricas de carvalho, para que passe mais seis meses, antes de ser engarrafado. De acordo com a atual master blender da marca, Stephanie MacLeod, esse processo torna o whisky mais harmônico e equilibrado.
O White Label é também um dos blended whiskies mais antigos do mundo. Em meados do século dezenove, John Dewar foi a primeira pessoa a engarrafar — em vasilhames de vidro — blended whiskies, para venda. Em 1899, seu filho, também chamado John, e proprietário da destilaria Aderfeldy, criou, com a ajuda do master blender A. J. Cameron, aquele que seria o blended whisky mais famoso da Dewar’s, o White Label.
Durante sua vida secular, o Dewar’s White Label recebeu mais de cem premiações. As mais atuais incluem medalha de ouro pela Scotch Whisky Masters, medalha de prata pela Spirit Design Masters, e medalha de prata na International Wine and Spirits Competition, todos recebidos no ano de 2014.
Ainda que o White Label não seja o melhor whisky para quem está buscando complexidade, com profundidade e corpo e caráter, ele é provavelmente um dos melhores whiskies para ser tomado em situações casuais. Ou seja, as melhores situações. Nesse sentido, ele é quase como Velozes e Furiosos. Fácil e divertido, mas sem a cara do Vin Diesel. É um whisky que está pronto para agradar a todos. Basta que lhe seja concedida uma chance.
DEWAR’S WHITE LABEL
Tipo: Blended Whisky sem idade definida
Marca: Dewar’s
ABV: 40%
Notas de prova:
Aroma: Floral, com mel e amêndoas.
Sabor: Sabor leve, de mel e baunilha. Final médio e doce.
Com água: Com agua, o whisky fica ainda mais floral, e o final ainda mais curto.
“O Cão Engarrafado” é Maurício Porto, advogado e colecionador de whisky. Seu interesse pelo destilado nasceu após uma viagem à Escócia, onde conheceu várias destilarias e o processo de fabricação de seus whiskies. Participou ainda de diversos cursos sobre a bebida, muitos organizados pela Single Malt Brasil (SMB) e pela Wine and Spirit Education Trust (WSET) de Londres. Assina o blog homônimo, “O Cão Engarrafado” (www.ocaoengarrafado.com.br).
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Com a tag Aberfeldy, Aultmore, Craigellachie, Dewar's White Label, Royal Brackla
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Por Michel Hansen
Continuando a série “Fatores que influenciam o sabor do whisky”.
A destilação é uma arte que remonta ao ano 3000 a.C, praticada pelos egípcios para a produção de perfumes e remédios e utilizando-se de pequenos potes feitos de barro. Na produção do whisky que conhecemos hoje, os potes de barro deram lugar a enormes alambiques feitos de cobre.
Tudo indica que os alambiques foram desenvolvidos pelos holandeses no final do século XVI e seu design, desde então, pouco mudou. O alambique nada mais é que um pote, ou caldeira, de cobre arredondado e aquecido na sua base. O cobre é o material ideal por ser maleável, ser ótimo condutor de calor e contribuir para a remoção de compostos indesejados do destilado através de reações químicas.
Para que ocorra a destilação, o mosto fermentado deve ser fervido até uma temperatura um pouco menor a 100 ºC. Como o ponto de ebulição do álcool (78,4 ºC) é menor do que o da água (100 ºC), o álcool se separa da água em forma de vapor. Esses vapores são coletados e resfriados, o que faz com que voltem ao estado líquido. O mosto é destilado duas vezes e, em alguns casos, três vezes, dependendo, obviamente, do caráter que se queira dar ao destilado.
Os whiskies de malte são normalmente produzidos por dupla destilação e para isso são utilizados dois alambiques. O primeiro, maior, é chamado na Escócia de alambique do mosto fermentado (wash still) ou nos EUA como alambique de cerveja (beer still), e o segundo, menor, alambique de destilado (spirit still). O primeiro tem a função principal de separar o álcool da água e o segundo de elevar o teor alcoólico do destilado, mais uma vez eliminado água da mistura, e separar o álcool de suas frações indesejáveis.
Um alambique tradicional é composto por três partes: o pote, o pescoço de cisne com o braço condutor e o condensador. O pote pode ter o formato de lanternas, lâmpadas, cebolas e peras. O pescoço pode subir, seguir reto ou apontar para baixo. Por serem montados de diversas formas, a combinação destas variáveis proporciona inúmeros resultados de aromas e sabores, contribuindo para distintos caráter de destilado. Por isso que, em cada destilaria, os alambiques possuem formatos diferentes dependendo do caráter de destilado a ser produzido.
No geral, os alambiques menores proporcionam maior exposição ao cobre, acelerando, com isso, as reações químicas. A velocidade da destilação também influencia no sabor do whisky à medida que mantém o vapor em contato com o cobre por um tempo maior ou menor. Quanto mais contato o vapor de álcool tiver com o cobre, mais puro e claro será o destilado. Os alambiques com pescoços longos e estreitos produzem um destilado mais leve e perfumado, ao passo que aqueles com pescoços curtos e largos produzem destilados mais oleosos e densos. Estes são pequenos exemplos de como a personalidade do whisky é influenciada pela forma e pela operação do alambique.
De fato, o alambique é uma das ferramentas mais importantes de uma destilaria. Sua forma, o número e a velocidade das destilações, a forma de aquecimento e a inclinação do pescoço, influenciam na qualidade do destilado. Analisar seus diversos aspectos e formatos bem como as funções de cada componente, merece um artigo à parte. A importância dos alambiques para uma destilaria é tamanha que, talvez até mais por superstição, quando chega ao fim de sua vida útil, todo esforço é feito para copiar o antigo, incluindo até pequenas imperfeições como forma de se manter a personalidade do whisky.
Michel Hansen
Atuando na área de tecnologia, seu interesse em se aprofundar no encantador mundo do whisky começa em 2011. Desde então, Michel Hansen vem procurando estudar e conhecer todos os detalhes sobre essa grande bebida. Assina o Blog “Desvendando Whisky” (www.desvendandowhisky.blogspot.com.br).
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Com a tag Whisky & Curiosidades, Whisky & Educação
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