A Revista VIP publicou em julho um ranking de cachaças envelhecidas em barris de carvalho. E de acordo com a legislação brasileira, cachaça envelhecida é aquela que tem no mínimo 50 % de envelhecimento em tonéis de madeira de até 700 litros.
O ranking foi elaborado em um evento que aconteceu no Engenho Mocotó, espaço gastronômico da cachaçaria e restaurante Mocotó, em São Paulo. As 12 amostras de cachaças envelhecidas em carvalho de diferentes regiões do país que compuseram o ranking foram selecionadas por Leandro Batista, cachacier do Mocotó, e avaliadas por especialistas e técnicos, que deram notas de 0 a 5, às cegas, nos seguintes critérios: avaliação visual, aroma, sensação de boca e sensação final.
Ao final da degustação as notas de todos os jurados foram somadas e o resultado do ranking das cachaças envelhecidas em carvalho foi o seguinte:
1 – Rochinha 12 anos
2 – Germana Heritaga
3 – Áurea Custódio
4 – Bodocó Safra Especial
5 – Weber Haus Lote 48 12 anos
6 – Leblon Signature Merlet
7 – Reserva 51
8 – Companheira Extra Premium
9 – Dona Beja Extra Premium
10 – Santa Rosa XIV Exclusive
11 – Do Barão Reserva Especial
12 – Fogo da Cana Extra Premium
Os Jurados
Ana Toshimi Kanamura, especialista em saquê
Fernando Saraiva, editor de arte da VIP
Gabriela Barreto, do site mapadacachaca.com.br
Illan Gomes de Oliveira, dono da distribuidora de cachaça Solution
Julien Mercier, chef no Mocotó
Leandro Batista, especialista em cachaças do Mocotó
Leandro Marelli de Souza, pós-doutor em cachaça pela USP
Marcos Nogueira, editor da VIP
Nelson Duarte, master blender da empresa Consulado da Cachaça
Renato Krausz, redator-chefe da VIP
E vamos as 5 primeiras:
Rochinha 12 anos
1° Lugar
Barra Mansa, RJ
38% de álcool
Nota: 180/200
A cachaça Rochinha é fabricada na Fazenda Cachoeira, desde 1921, em Barra Mansa. Os canaviais não recebem tratamento com pesticida. A cana é colhida manualmente e vai para o moinho em no máximo 24 horas, num engenho que está lá desde 1871. O fermento usado é feito a partir da própria cana, numa receita que a família Rocha mantém sob segredo. A Rochinha 12 anos repousa em barris de 200 litros de carvalho francês.
Germana Heritage
2° Lugar
Nova Lima, MG
40% de álcool
Nota: 166/200
A vice-campeã passa por envelhecimento duplo: são dez anos em barris de 200 litros de carvalho francês mais dois anos em tonéis de bálsamo com 5 mil litros.
Áurea Custódio
3° Lugar
Ribeirão das Neves, MG
40% de álcool
Nota: 165/200
A medalha de bronze – quase um empate com a segunda colocada – foi para uma cachaça envelhecida por cinco anos na região metropolitana de BH.
Bodocó Safra Especial
4° Lugar
Betim, MG
40% de álcool
Nota: 163/200
Outra que disputou nariz a nariz o vice-campeonato, a Bodocó é a cachaça mais velha que participou da degustação. Ela matura por 15 anos em barris de 200 litros.
Weber Haus Lote 48 12 anos
5° Lugar
Ivoti, RS
40% de álcool
Nota: 160/200
A Weber Haus produziu 2 mil garrafas numeradas dessa bebida envelhecida por seis anos em carvalho e outros seis em bálsamo, o que lhe confere aromas anisados. É a cachaça mais cara do Brasil.