Arquivo do mês: fevereiro 2013

Pato Donald & Zé Carioca Bebem Cachaça Juntos

Que Walt Disney era um gênio visionário não se discute. Em 1942 ele lançou Watercolor of Brazil (Aquarela do Brasil), um curta-metragem animado de 7 minutos  no qual no final o nosso Zé Carioca aparece tomando cachaça com seu novo amigo Pato Donald.

No desenho o Pato Donald se assusta um pouco com o poder alcoólico de nossa bebida — ele deve ter tomado a branquinha que sai direto do alambique a mais de 50% ABV. Mas o fato é que 70 anos mais tarde o sonho de Walt Disney se tornou realidade. Os EUA finalmente reconhecerão a cachaça, a partir de 11 de abril, como um produto de denominação de origem exclusiva do Brasil.

garrafas_cachaça

Brazilian Rum Não, Cachaça!

A medida significa basicamente duas coisas: i) nem um outro país, a não ser o Brasil obviamente, poderá comericalizar em terras yankees um destilado rotulado como “Cachaça” e ii) a cachaça não precisará mais ser vendida no mercado americano sob o nome genérico de “Brazilian Rum”.

A proposta tramitava no departamento de comércio americano desde abril do ano passado  quando a Presidente Dilma se encontrou nos EUA com o Presidente Barack Obama para discutirem temas de comércio.

O reconhecimento de nossa cachaça não veio de graça, contudo. Em troca, o Brasil estará reconhecendo o bourbon e o Tennessee whiskey como bebidas americanas típicas.

Segundo estimativas do Ibrac (Instituto Brasileiro da Cachaça), com a nova medida a cachaça poderá conseguir uma fatia entre 5% a 10% do mercado de rum nos EUA, o que representaria uma venda por ano entre 2 a 3 milhões de caixas da nossa bebida.

Esperamos que Pato Donald se acostume e tome gosto pelo nosso destilado.

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Perfis da Cachaça — Fazenda Soledade

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Laboratório de Análise Físico-Química da Fazenda Soledade

O interior de Nova Frigurgo, região serrana do estado do Rio de Janeiro conhecida como a Suíça brasileira, abriga um dos nossos melhores alambiques de cachaça. A Fazenda Soledade iniciou sua produção de cachaça em 1977 e desde então vem tornando a vida de nós brasileiros um pouco mais saborosa.

A destilaria ficou mais conhecida pela produção da cachaça Nega Fulô, mais o seu principal produto é mesmo a cachaça que leva seu nome “Fazenda Soledade”.

A Fazenda Soledade alia tecnologias modernas às tradicionais técnicas artesanais de produção de nossa Cachaça de Alambique. O resultado é uma destilado que assegura os mais elevados patamares de qualidade preservando todas as características sensoriais particulares e associadas ao método artesanal de produção em alambiques de cobre.

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Mestre Cachaceiro Vicente Bastos em Ação

A cachaça Fazenda Soledade é bidestilada e envelhecida por 18 meses em dois tipos de madeiras: ipê e jequitibá — além da versão “pura” que é apenas repousada em tonéis de aço inoxidável.

Após o envelhecimento, os diferentes lotes de cachaça são cuidadosamente misturados e harmonizados buscando-se o equilíbrio entre aromas e sabores. Essa arte, conhecida por muitos como blending, está a cargo do Mestre Cachaceiro Vicente Bastos. No vídeo abaixo ele dá algumas dicas rápidas de como se reconhecer uma boa cachaça.

Em nossa loja virtual não poderia faltar a Cachaça de Alambique, um dos destilados mais complexos do mundo e orgulho de todos nós brasileiros. Depois de analisarmos várias possibilidades, decidimos começar o trabalho com esse destilado maravilhoso pela Fazenda Soledade. Daqui em diante estaremos selecionando criteriosamente outros grandes alambiques para fazer parte de nosso portfólio de destilados. Até a próxima cachaça!

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Músicas com Destilados — Bad Romance (Bossa Nova Version)

Estamos inaugurando uma nova seção em nosso Blog onde traremos canções para serem acompanhadas por um bom Cognac, Whisky, Cachaça, Rum…Enfim, por um bom destilado.

Começamos por Bad Romance (Lady Gaga) na voz da recifense Marcela Mangabeira.

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Leonardo DiCaprio em Comercial para a Jim Beam

Leonardo DiCaprio, 38 anos, acaba de estrear um comercial para o whiskey americano Jim Beam direcionado ao mercado asiático.

Não sabemos ao certo se o astro gosta mesmo de whiskey, mas apesar do Jim Beam ser um grande whiskey e o Bourbon mais vendido do mundo, o fato é que a propaganda não ficou lá essas coisas. Ao menos em nossa opinião. Talvez reflita um pouco os gostos asiáticos em termos de comerciais.

O astro revelou ainda ao jornal alemão Bild que está tirando umas férias das filmagens: “Eu estou um pouco esgotado. Agora vou dar um tempo, um longo tempo.” Quanto aos planos fora da telona, ele afirmou: “Eu gostaria de melhorar o mundo um pouco.”

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Degustação e Minicurso de Scotch Whisky em Brasília

Nosso consultor em whisky e destilados, Alexandre Campos, estará conduzindo uma degustação em conjunto com um minicurso de Scotch Whisky no dia 3 de Abril, quarta-feira, em Brasília.

O evento faz parte de uma parceria entre Associação Brasileira de Sommeliers de Brasília (ABS-DF) e a Single Malt Brasil, e será relizado das 19h30 às 21h45 no auditório do shopping Pátio Brasil.

Será uma ótima oportunidade de degustar whiskies excepcionais e de aprender um pouco mais sobre esse nobre destilado. Não percam!
Mais informações pelos telefones: 61 3323-5321 ou 61 3322-7138, ou pela internet: www.abs-brasilia.com.br / abs@abs-brasilia.com.br

Curso_Whisky

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Por que brindamos?

Brinde_whiskyPor Alexandre Campos

Uma pergunta interessante, mas sem respostas concretas. Não existem fontes históricas confiáveis descrevendo o costume universal que temos de brindar, ou ainda o fato de tilintarmos taças, fazendo o famoso “tin-tin”, ao brindarmos.

Parece que o ato de brindar resgata o sentido de comunidade que era comum na antiguidade, quando nossos ancestrais bebiam usando os mesmos recipientes. Com os tempos modernos e com a individualidade associada aos copos e taças perdeu-se esse senso de união. E o ato de beber tornou-se individual. Nada melhor, portanto, do que resgatar o sentido coletivo e de união invocando-se um brinde a todos.

São muitas as teorias em relação ao tilintar de taças após o brinde, mas, novamente, nenhuma com grandes evidências históricas — tudo especulação. As mais comuns são:

i. acreditava-se na idade média que o som das taças espantava o demônio e os maus espíritos
ii. era comum a morte por envenenamento nas cortes européias durante a idade média, chocar as taças (feitas de metal na época) com força garantia a mistura dos líquidos diminuindo-se o risco de ingestão de bebidas envenenadas
iii. beber envolve quatro sentidos: visão, olfato, tato e paladar. Dessa forma, a audição é o único ausente até escutarmos o “tin-tin” das taças

A palavra brinde parece ter origem na expressão alemã ”ich bring dir’s”, que significa “bebo por ti”. Em inglês é toast (torrada) que está associada ao fato de colocar torradas apimentadas nas bebidas de forma a aromatizá-las.

Os brindes assumem diferentes facetas nos diferentes idiomas. Em francês, santé, em espanhol, salud, em inglês, cheers, em gaélico, sláinte, e o mais curioso vem das línguas escandinavas, skÃ¥l/skaal, que parece estar relacionado com “crânio” na língua ancestral dos vikings. Reza a lenda que eles tinham o hábito de usar os crânios dos seus inimigos como canecas. Mas alguns dizem que não passa de mitos vindos de traduções mal feitas de poemas antigos.

Não importa qual seja a língua, o importante é brindarmos. De preferência acompanhados de um bom destilado. Sáude, sláinte, cheers!

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J.Kennedy, o jovem talento do MyNY

Apesar da pouca idade ele já desponta como um dos grandes nomes da nossa coquetelaria. José Kennedy do Nascimento, 20 anos, foi 2º lugar na etapa brasileira da competição internacional de bartenders Marie Brizard realizada no Hotel Pullman de São Paulo em 31 de outrubro do ano passado, e ainda semifinalista da etapa internacional realizada em Bordeaux, França, entre os dias 26 e 28 de novembro de 2012, da mesma competição.

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J.Kennedy representando o Brasil no Marie Brizard IBS

 

Se quiser experimentar os deliciosos drinques preparados por J.Kennedy é só dar uma passadinha no MyNY Bar em São Paulo, eleito pela revista Whisky Magazine como um dos melhores bares de whisky do Brasil. O MyNY é uma espécie de speakeasy, bares clandestinos que surgiram nos EUA após a declaração da Lei Seca — tema que abordamos em um artigo de agosto do ano passado (Secos e Molhados — Al Capone, o whiskey e o crime organizado).

Nas horas vagas J.Kennedy gosta de relaxar harmonizando um bom whisky com charuto. Nem nos momentos de folga ele parece se afastar de um bom destilado. E em breve ele estará estreando uma coluna sobre drinques conosco, aguardem!

A Single Malt Brasil (SMB) teve o prazer de bater um papo com esse jovem talentoso bartender.

SMB — Como começou sua carreira de bartender?
J.Kennedy — Eu praticamente nasci dentro de um bar. Desde pequeno ajudava no bar do meu pai e gostava daquele universo que era a coquetelaria. O desafio de agradar um cliente exigente me estimulava. Quando atingi a maioridade comecei a me especializar na profissão buscando cursos e novas técnicas. Até hoje sigo estudando e não pretendo parar nunca.

SMB — Quais as características que um bom bartender deve ter?
J.Kennedy — Tem que amar a profissão. É preciso ainda ser um bom anfitrião, afinal, o cliente é o motivo de estarmos atrás do balcão. E devemos sempre fazer o melhor trabalho em prol dos clientes. Somos obrigados a entender de química, psicologia, culinária e outros aspectos que as pessoas nem imaginam. O importante é estudar muito. O mais básico é conhecer de todas as bebidas à disposição e a cada drinque preparado envolver as pessoas nesse rico universo de combinações de aromas e sabores.

SMB — Você procura dar um toque brasileiro a coquetéis famosos? Usa ingredientes brasileiros em seus drinques?
J.Kennedy — Sem dúvida, e o resultado é muito positivo. Nós temos uma diversidade incrível de ingredientes e especiarias. E temos que explorá-los e valorizá-los. Quando fui a França e visitei um bar local mostrei um maracujá para o bartender. Ele achou a fruta exótica, especial e diferente das que ele tem acesso e já imaginou vários drinques com ela. O que para nós é algo comum pode ser muito especial para outros.

SMB — Você gosta de inventar? Já criou algum coquetel que caiu no gosto de seus clientes?
J.Kennedy — Invento bastante. Às vezes é algo até automático. Sempre que tenho oportunidade de visitar alguma feira ou mercado provo novos sabores. E isso é algo que me ajuda muito na profissão. Nossa memória sensorial é extremamente importante na hora de criarmos um drinque. Need Bartenders Punch é um coquetel que criei para participar da etapa brasileira do Marie Brizard IBS que já agradou muitos clientes. Segue o link da matéria para a Veja São Paulo na qual preparo esse drinque: http://vejasp.abril.com.br/materia/campeonato-mundial-coquetelaria-receita-drinque

SMB — Qual é o seu coquetel de whisky preferido? E dos coquetéis com base em outros destilados?
J.Kennedy — Atualmente o que mais gosto é o Gentleman Soul, uma variação do whisky sour criada pelo meu colega Spencer Junior, bartender chefe do MyNY. A base do drinque é o Gentleman Jack, e leva ainda suco de limão siciliano, xarope de maple, e bitters de pêssego. A mistura fica ainda melhor quando é defumada com lascas de barris de carvalho que compramos diretamente da destilaria Jack Daniel´s. Esse maravilhoso drinque é servido ainda com uma guarnição de laranja e cereja.
Falando de outros destilados, gosto muito de cognac. E o meu drinque favorito com ele é o Brandy Crusta, criado em 1852 por Joseph Santina, feito com cognac VSOP, suco de limão siciliano, luxardo maraschino, curaçao e peychaud’s bitter’s. Sua primeira aparição impressa foi no livro Bartender’s Guide do ilustre professor Jerry Thomas.

SMB — Qual seu whisky preferido?
J.Kennedy — Gosto muito dos da ilha de Islay. Em especial o Lagavulin 12 anos, que é um whisky com aromas complexos de: maresia, queijo defumado, macieira e estopa. No paladar gosto muito da fumaça perfumada de turfa e de tabaco e de sabores marinhos. Simplesmente fantástico.

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O jovem bartender em ação

SMB — Nós da Single Malt Brasil apreciamos drinques de whisky e temos uma visão mais ampla da bebida. O que você teria a dizer para os puristas que acham que whisky tem que ser tomado puro?
J.Kennedy — As pessoas têm necessidades de ter experiências diferenciadas e exclusivas. Provem um coquetel com whisky feito por um bartender que se dedica a entender de whisky antes de querer criticá-lo. Richard Paterson provou e adorou nossos drinques quando esteve no MyNY, preciso dizer algo mais?

SMB — E como foi o encontro com Richard Paterson, master blender da Whyte & Mackay? Ele vive brincando dizendo que os bartenders estragam os whiskies que ele cria.
J.Kennedy — Foi muito legal. Ele é uma pessoa muito divertida, aberta e se interessa por coquetelaria, pelo que pudemos perceber. Em sua visita ao MyNY ele provou um coquetel criado pelo Spencer Junior que usa como base Dalmore 15 anos, Jerez Fino, óleo saccharum de clementina e ácido fosfato.

SMB — Que bares recomendaria além, obviamente, do MyNY?
J.Kennedy — O NOH em São Paulo. Um bar com conceito gastronômico que harmoniza coquetéis com culinária de parrilla. Além do BOS BBQ que alia bons drinques ao tradicional churrasco texano.

SMB — Como foi sua experiência no campeonato mundial de bartenders Marie Brizard realizado em Bordeaux?
J.Kennedy — Fantástica. Os jurados e os competidores eram muito qualificados e experientes. Tivemos ainda todo apoio de estrutura para pormos em prática nosso trabalho. Além disso, conheci bares fantásticos durante a viagem como o: Experimental Cocktail Club, Le Forvm, Lecog (novo bar do Tony Conigliaro), Circus Grazie, Mojito Lab e o lendário Harry’s Bar.
Tive ainda a oportunidade de conhecer a fábrica da Marie Brizard e aprender um pouco sobre o processo de fabricação de seus licores. Em uma breve passagem por Cognac conheci ninguém menos que a família Merlet e sua destilaria. Em resumo, foi uma experiência única que levarei para o resto da minha vida.

SMB — Quem é sua inspiração no mundo da coquetelaria?
J.Kennedy — Difícil citar apenas uma pessoa. Tenho muita admiração por: Jerry Thomas, Harry Johnson’s, Garry Regan, Harry MacElhone, Tony Conigliaro, Dale Degroff, Sam Ross, Kazuo Ueda e o historiador de bares David Wondrich. Entre os brasileiros fico com Rogério Coelho e Spencer Junior, que seguem me ajudando muito e apoiam meu trabalho.

SMB — E os planos para 2013?
J.Kennedy — Continuar estudando muito e me especializar em cachaça. E quem sabe me envolver em mais algum campeonato. Aprendi bastante com a experiência no MarieBrizard IBS.

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Whyte & Mackay 30 anos

“Leva-se 30 anos para se criar uma obra de arte, mas poucos segundos para reconhecer sua excelência e qualidade — Whyte & Mackay”.

Poucos whiskies chegam perto da perfeição. E esse é o caso do Whyte & Mackay 30 anos.

Eleito em 2009 como o melhor Blended whisky na International Spirit’s Challenge e ganhador do William Grant Independence Trophy como melhor Blended whisky escocês, também em 2009, ele é uma das obras-primas de Richard Paterson, Master Blender da Whyte & Mackay e conhecido na indústria de whisky como “The Nose” (O Nariz).

Whyte & Mackay 30 anos

Nosso cliente Evandro Von Sydow (à direita) e seu amigo, Felipe Barroso, saboreando o Whyte & Mackay 30 anos

 

A Whyte & Mackay foi criada em Glasgow em 1844 e é um dos maiores e mais tradicionais nomes da indústria de whisky escocesa. Seus Blendeds são apreciados no mundo inteiro e seus Single Malts, Dalmore, Jura e Fettercairn, sinônimos de prestígio, excelência, qualidade e sofisticação.

Whyte & Mackay 30 anosNotas de degustação:

  • Aparência: Âmbar.
  • Olfato: Perfeito. Frutas secas, laranja, passas, marmelada, limão, ameixa vermelha, amora, couro e café.
  • Paladar: Delicioso. Complexo, frutado e delicado. Panetone, marzipã, figo, chocolate e cacau.
  • Fim de boca: Longo, complexo e seco. Tabaco, cacau e chocolate.
  • Conclusão: Uma pintura. Excelentes aromas e sabores. Delicado, balanceado e equilibrado.

 

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